Em assembleia realizada ontem, os cerca de 40 mil trabalhadores alocados nas obras da refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, em Pernambuco, decidiram paralisar as atividades. Trata-se da segunda greve geral deste ano nos dois empreendimentos, que são controlados pela Petrobras. A primeira paralisação ocorreu em março e durou mais de duas semanas.
Mais uma vez, os representantes dos trabalhadores não chegaram a um acordo com as construtoras contratadas para tocar as obras, entre elas Camargo Correa, OAS e Odebrecht. Entre as reivindicações dos trabalhadores está o abono dos dias parados na greve anterior, bem como um reajuste de 15% nos salários e cesta básica no valor de R$ 300.
Até o momento, as empresas oferecem aumento salarial de 10%, cesta básica de R$ 180 e folga de campo de cinco dias úteis para cada 90 dias trabalhados. "Nós já sabíamos que do jeito que estava não tinha condições de passar. Eles foram avisados. Estamos negociando há mais de 15 dias e praticamente não houve avanços. Agora é esperar que eles se sensibilizem e tragam uma proposta que atenda os anseios dos trabalhadores", afirmou em nota o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral.
Uma nova assembleia está marcada para hoje, quando os representantes do Sintepav, sindicato que é ligado à Força Sindical, pretendem informar os trabalhadores sobre o andamento das negociações.
Fonte: Porto Gente
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